O transtorno bipolar se caracteriza por alterações de humor, com recorrência de episódios depressivos e maníacos ao longo da vida. O estado de humor depressivo se manifesta por tristeza, desânimo, lentificação, falta de energia, perda de prazer, melancolia, entre outros. Já a mania se refere a um estado de humor eufórico, acelerado, irritável, com redução do período de sono, impulsividade nos gastos, indiscrição, fala rápida, pensamentos acelerados e grandiosidade, além de relacionamentos curtos e turbulentos com alto desejo sexual. É considerada uma doença complexa que afeta cerca de 1,5% dos homens e mulheres em todo o mundo. Cerca de metade desses pacientes relatam vivenciar oscilações bruscas de humor que podem durar de algumas horas a poucos dias. São nessas oscilações de humor que há maior risco de tentativa de suicídio, geralmente sem planejamento, ou seja, de forma impulsiva.

Este transtorno de humor pode surgir em praticamente qualquer momento da vida, embora seja mais comum entre os 15 e 30 anos de idade. O paciente portador deste distúrbio demora a perceber que algo está errado por considerar o humor eufórico normal e positivo. Portanto, é muito mais fácil para as pessoas que convivem com o paciente perceberem que algo anormal está acontecendo. As queixas geralmente começam com reclamações de familiares, que encontram dificuldades para se relacionar com uma pessoa doente. Isso ocorre porque o paciente apresenta um temperamento forte, intenso, energético, festivo e aventureiro, alternando repentinamente para um humor depressivo. Daí a definição “bipolar”, que expressa os dois polos de humor que se alternam entre depressão e mania. Como a bipolaridade pode alterar o ritmo de vida do indivíduo, é necessário acompanhamento psiquiátrico para medicação, assim como psicoterapia, para torná-lo mais funcional no dia a dia.

A terapia cognitiva é bastante eficaz em seus resultados, pois é uma abordagem estruturada e voltada para a solução de problemas, que envolve a colaboração ativa do paciente e do terapeuta para atingir as metas condicionais. Os objetivos dos cognitivistas no transtorno bipolar são:

  • Educar os pacientes e familiares sobre o problema, seu tratamento e dificuldades associadas à doença;
  • Ensinar métodos para monitorar a ocorrência e a gravidade dos sintomas;
  • Instruir o paciente sobre como identificar, desafiar e modificar pensamentos automáticos negativos que prejudicam a liberdade do tratamento medicamentoso;
  • Ensinar técnicas não farmacológicas para lidar com os problemas;
  • Ajudar o paciente a enfrentar fatores estressantes que podem estar interferindo no tratamento;
  • Ajude-o a aceitar a doença;
  • Aumentar a tolerância e a proteção da família, bem como diminuir o trauma e os preconceitos associados à doença.

A terapia consiste em identificar padrões de pensamento disfuncionais, devolvendo ao paciente flexibilidade, controlando a impulsividade e conscientizando-o das razões e significados de certas atitudes, emoções e pensamentos.

É importante ressaltar que nossas emoções e comportamentos derivam de nossos pensamentos. Portanto, é necessário identificar distorções do pensamento para que sejam obtidas por ideias mais realistas. Quando isso ocorre, há uma melhora significativa nas emoções do indivíduo, levando-o a viver de forma mais funcional e com melhor qualidade de vida. O acompanhamento dos familiares também é fundamental para que haja um bom relacionamento. Isso porque alguns familiares podem utilizar o diagnóstico do paciente para vencer a discussão, afirmando que ele está surtando quando, na verdade, está reagindo otimista a uma situação. Ao adquirir flexibilidade por meio da reestruturação cognitiva, o paciente — assim como qualquer outra pessoa — estará apto a ser mais emocional diante das coisas boas e mais racional e ponderado diante das adversidades.

Não se pode esquecer que o tratamento do transtorno bipolar é de longo prazo e que expectativas excessivas em relação a uma rápida melhora podem gerar frustrações.

Diogo Lara (2004), especialista em TB, ressalta que o paciente portador deste distúrbio demora a perceber que algo está errado ao considerar o humor eufórico normal e positivo. Portanto, é muito mais fácil para as pessoas que convivem com o paciente perceberem que algo anormal está acontecendo. As queixas geralmente começam com reclamações de familiares, que encontram dificuldades para se relacionar com uma pessoa doente, já que esta apresenta um temperamento forte, intenso, energético, festivo e aventureiro, alternando repentinamente para um humor depressivo. Daí a definição “bipolar”, que expressa os dois polos de humor que se alternam entre depressão e mania. Como a bipolaridade pode alterar o ritmo de vida do indivíduo, é necessário acompanhamento psiquiátrico para medicação, assim como psicoterapia, para torná-lo mais funcional no dia a dia.

Cleonice de Fátima de Andrade
CRP: 12/04023

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